quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O Latim e as línguas neolatinas

A queda do Império Romano nos permite visualizar detalhes sobre a decadência do idioma latino e de seu processo de "dialetação", pois percebe-se a descentralização política de Roma.
Ao adquirirem autonomia, as províncias deixaram de seguir as normas linguísticas que foram estabelecidas pelo imperador e, dessa forma, inevitavelmente formaram-se vários dialetos em diversas regiões. Outro fator foi a invasão do povo bárbaro que contribuiu para a queda de Roma e, consequentemente, também para a de seu idioma oficial - o Latim.
Enquanto o Latim Clássico, como língua falada, foi extinto, o Latim escrito é preservado até hoje em obras clássicas. Além disso, a Igreja adotou essa língua como a oficial, passando a ser utilizada na redação de documentos eclesiásticos. Foi, também, a língua dos filósofos e dos cientistas.
O Latim também se perpetuou em muitas outras áreas: toda a linguagem da Medicina é em Latim; a nomenclatura da Botânica e da Zoologia também faz uso de termos latinos; há um grande número de línguas neolatinas, e este tópico merece destaque.
A importância das línguas neolatinas vem sendo muito discutida atualmente. Temos, como principal exemplo de língua vinda do Latim, o Francês, o qual foi, durante séculos, a língua da corte. Mas em relação ao número de falantes o Espanhol fica em primeiro lugar, não esquecendo, contudo, de mencionar outras línguas neolatinas como o Português (190 milhões de falantes aproximadamente), o Italiano (ou Toscano), o Romeno.

Exemplos de termos latinos usados até hoje:

- habeas corpus / data venia (Direito)
- helix aspersa / entamoeba hystolytica (Zoologia)
- blepharantherus / naniflorus (Botânica)

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